quinta-feira, 28 de julho de 2011

Maioridade




Maioridade

 MaioridadeClassificação
12 anos
Temas
envelhecimento, morte
Este programa reúne filmes com temas referentes à terceira idade, que vão do sentimento de abandono à descoberta do tempo livre, da diversão e do amor, passando pelas reminiscências das histórias trilhadas. Aborda também a diminuição da força física que vem com a idade, as escolhas da vida, os fantasmas do passado e a busca por novos sonhos. A relação da família com seus idosos, muitas vezes vistos como estorvo, com o choque entre os diferentes tempos humanos, seu silêncio, sua alegria e sua sabedoria, permeiam o programa. Por fim, registra com um sorriso torto a escolha dos símbolos de morte na vida pelo casal cheio de cumplicidade, que nos leva a refletir sobre a frase da personagem de Laura Cardoso em Morte., que conclui ao final: “a morte não é o problema, o problema é o que fazer até ela chegar”.



Tempo total aproximado do programa: 100 minutos.




Cinema, Aspirinas e Urubus


Cinema, Aspirinas e Urubus


Cinema, Aspirinas e Urubus é um filme brasileiro de 2005, e o longa-metragem de estréia do diretor Marcelo Gomes. Foi rodado nas cidades de Patos, Picote, Pocinhos e Cabaceiras, no sertão da Paraíba. Cinema, Aspirinas e Urubus foi indicado pelo MinC para concorrer a uma indicação de Melhor Filme em Língua Estrangeira na edição de 2007 do Oscar.
A história se passa no sertão nordestino de 1942 e conta a história de Johann (Peter Ketnath), um alemão que para fugir da Segunda Guerra Mundial, vem trabalhar como vendedor de aspirinas nas cidades do interior do Nordeste. Dirigindo seu caminhão, ele conhece Ranulpho (João Miguel), um paraibano que sonha ir para outra cidade tentar trabalho. Os dois viajam pelos povoados exibindo filmes promocionais sobre o remédio para pessoas que nunca conheceram um cinema. Cinema, aspirinas e urubus é o relato de Ranulpho sobre essa sua viagem.

Semana Especial de Aniversário - Cineclube Budega



O Último raio de sol 




Dois jovens de classe alta brasiliense viajam à Chapada dos Veadeiros e, no caminho, se divertem ameaçando e humilhando pessoas que pedem carona na estrada. Tratando de temas como impunidade, violência e preconceito, o filme fala de como uma atitude inconseqüente pode resultar num final inesperado. Livre adaptação de uma história verídica.


Duração: 22 minutos



Terra Estrangeira




O filme trata da solidão vivida pelos imigrantes. Conta a história de Paco, que deseja conhecer a terra de sua mãe. Após a morte dela, e sem dinheiro após o confisco promovido por Collor, Paco aceita entregar um pacote misterioso, a pedido do também misterioso Igor, em Portugal, em troca do custeio da viagem. Após perder o pacote, ele encontra-se com a Alex, brasileira que trabalha como garçonete em Portugal e que vive com Miguel, um músico-contrabandista viciado em heroína. Em fuga para a Espanha, Paco é perseguido por bandidos interessados no pacote, que trazia um violino com diamantes escondidos.

domingo, 24 de julho de 2011

A Falta que me faz / Acácio

 
A Falta que me faz

Curralinho é um distrito que fica a aproximadamente 50 quilômetros da cidade mineira de Diamantina. Um lugarejo pobre, com casas humildes e onde ainda hoje muitos vivem do garimpo do diamante. A cineasta Marília Rocha (de Aboio”) esteve nesta localidade durante um inverno e lá realizou o documentário “A Falta Que me Faz”, retratando a vida de um grupo de pós adolescentes. Ela utilizou um método parecido com o de “José e Pilar”, deixando a câmera rodar e fazendo intervenções mínimas, onde as personagens falavam o que bem entendiam e interagiam entre elas com uma maior naturalidade, apesar de ver que em alguns momentos tentavam passar uma idéia diferente do que eram. 
O filme é bastante simples, mas ao mesmo tempo tem em seu bojo uma grande complexidade, o que leva muitas pessoas a saírem no meio da projeção. Igual a uma sessão de psicanálise, as personagens vão aos poucos se acostumando com a câmera e se soltando mais, falando sem os freios naturais da exposição que suas palavras viriam a ter. Como não há uma introdução explicando o projeto, ele se torna um pouco confuso e a lentidão inicial muitas vezes pode dar sono. Mas aos poucos vamos descobrindo um mundo de falta de esperança, onde um grupo de adolescentes está totalmente perdido, sem saber que rumo tomar na vida. 
É interessante como a desagregação familiar as transformou em jovens que não querem nada sério, só diversão. A maioria está grávida de homens de fora que não assumem a responsabilidade pelos filhos e mesmo assim continuam no mesmo caminho, sempre em busca de um pretenso “príncipe encantado” que jamais irá aparecer. Os exemplos de casamentos que elas têm são típicos do interior, um homem machista com uma mulher submissa e isso elas não querem, só que não fazem nada (ou não podem) para mudar isso. A vida “libertária” que vivem só faz serem vistas com maus olhos pela sociedade local, sendo motivos de fofocas e reprovação. 
Apesar da proximidade com Diamantina, uma famosa cidade turística e histórica, em nada muda a vida dessas pós-adolescentes. Obviamente não tem nenhuma noção de controle de natalidade, onde o sexo é praticamente sinônimo de gravidez indesejada logo depois. Outra coisa que apesar de não mostrada, é evidente, é como se minou a autoridade dos pais, que no máximo dá conselhos que obviamente não são seguidos pelas filhas. A promiscuidade também é uma constante, com troca constante de pares, sendo que nitidamente os homens não querem nada sério com elas, pois no interior ainda existem as mulheres para “namorar” e “casar”.

A cineasta Marilia Rocha (de “A Falta que Me Faz”) é uma das mais promissoras documentaristas do Brasil, seus trabalhos foram apresentados em vários festivais mundo afora.  Sempre com um olhar aguçado, consegue mostrar um lado inusitado de fatos que para a maioria seria banal, sem maior interesse.  Um dos seus trabalhos é sobre a vida do artista plástico Acácio Videira (1918-2008), um português que viveu grande parte da vida em Angola e também na cidade mineira de Contagem (acabou se naturalizando brasileiro e recebeu até título de cidadão honorário). Em seus quase 90 anos de vida, ele pode ver a transformação do mundo em três continentes. 
Acácio vivia no interior de Portugal e era filho de um professor, ainda muito jovem conheceu a também professora (que vivia nos fundos da casa dos seus pais) Maria da Conceição. Surgiu uma paixão que não foi recebida pelos pais dele, ele decide ir para Angola (então uma colônia portuguesa) onde morava um irmão e lá trabalhar, se estabelecer e chamar a amada para ir ao seu encontro. Tudo deu certo e lá viveram muito felizes e tiveram os filhos. Mas veio a guerra de independência de Angola em 1975 e tiveram de se mudar; em Portugal havia um franco preconceito contra os “retornados” e acabaram se estabelecendo no Brasil. 
Por trás dessa saga está a exploração desumana do colonialismo português e também a gênese das guerras civis que assolam África, já que eram três os grupos que lutavam pela independência e mesmo antes da libertação, já guerreavam entre si. Acácio trabalhou em uma grande empresa de extração de diamantes, só que no museu etnográfico da empresa. Isso fez com que rodasse pelas tribos e fizesse contato com os nativos. Amizade feita, filmou e fotografou festividades (muitas vezes proibidas para forasteiros) e também adquiriu uma bela quantidade de obras do artesanato local, hoje muito valorizadas pela área cultural. 
Mas ao contrário do seu trabalho posterior, a diretora interfere bastante na narrativa, não só com perguntas, mas também relatado fatos, com suas viagens a Angola e Portugal, onde procurou rever os locais onde viveu Acácio e sua mulher, chegando a encontrar Gambôa Muatximbau, um antigo colaborador angolano que não perde a oportunidade de expressar, no fundo, um ressentimento por eles nunca mais terem dado notícias depois da fuja do país, já que o casal praticamente o criou. Um trabalho interessante sobre um artista praticamente desconhecido e também um grande aventureiro, desbravador de três continentes.

sábado, 23 de julho de 2011

Animações para adultos 3

Animações para adultos 3



O que você queria ser quando crescesse? Muito desse sonho deve ter sido perdido, esquecido ou suprimido no caminho para a maturidade. No fantástico mundo da animação, porém, todos os seus desejos de criança e, principalmente, de adulto podem ser recuperados. Mas seus piores pesadelos também podem vir à tona... Situações absurdas, fantasias secretas, temores recalcados, encontros inimagináveis, complexas elucubrações e discussões impossíveis na vida real. A liberdade da animação se expressa aqui em suas mais variadas técnicas, em sete filmes de diretores de animação consagrados. 

Cineclube Budega - apresenta: Sessão Curta 

Tempo total aproximado do programa: 88 minutos.

Crítica

Caminhos diversos
Gustavo Galvão*

As possibilidades do cinema de animação são infinitas. E não se trata de uma questão técnica – por mais que o gênero englobe inúmeras vertentes. Trata-se de uma questão de abordagem. Não há restrições criativas na animação, que carrega em sua essência o princípio da flexibilidade. Uma amostra disso é o programa “Animação para adultos 3”.
São oito curtas bem diferentes entre si. O mais antigo é de 1988: A garota das telas (Cao Hamburger). Os mais recentes são de 2006: Yansan (Carlos Eduardo Nogueira) e Tyger (Guilherme Marcondes). Nesse meio tempo foi deflagrada a era da computação gráfica, um diferencial entre as duas gerações. No entanto, é importante notar que os três filmes citados trabalham no mesmo nível – o do onírico. Se há diferenças entre eles, isso se deve à motivação e à inventividade de cada diretor. A técnica é um acessório.
É verdade que Cao Hamburger trabalha com um tema bastante explorado, o fascínio que o cinema exerce no inconsciente coletivo. O curioso na proposta de A garota das telas é o cruzamento promovido entre a linguagem audiovisual e os sonhos. Talvez a fascinação venha da afinidade entre os códigos de ambos. Numa leitura superficial da trama, o sono leva o zelador de um estúdio a percorrer a história do cinema, partindo do faroeste e chegando aos musicais; uma análise detalhada permite outra leitura: os sonhos do protagonista apontam as conexões entre ordinário e extraordinário.
Tyger e Yansan são dois exemplos bem acabados de que o cinema de animação não só tem vocação para o extraordinário como pode atingi-lo de formas diversas. Ambos se servem de referências sólidas para cumprirem os objetivos. Em Tyger, a base é um poema de William Blake, cujo misticismo se traduz em cenas desconcertantes. O caos urbano e seu peso nas relações são focados de modo que transcende obviedades. Já Yansan promove a união insólita entre candomblé e cultura pop japonesa. Ao recriar o amor trágico entre Iansã e Xangô, o filme reinventa o estilo mangá por tabela.
Se em Tyger a combinação de efeitos gráficos com imagens captadas em vídeo tem um quê de sofisticação, Cláudio de Oliveira, em O bloqueio, investe na crueza visual e no desenho de som, dois aspectos imprescindíveis nessa versão do claustrofóbico conto de Murilo Rubião. Por sua vez, o registro adotado por Helena Lustosa em Mademoiselle Cinema é o poético, que se reflete no desenvolvimento sutil da narrativa.
Todos os filmes acima têm em comum a ênfase nos valores pictóricos e sonoros, que dispensam diálogos. Em Terminal, a ausência de falas reforça a falta de humanidade de uma história que alterna o teor surrealista com elementos que beiram o realismo. Nele, o realizador Leonardo Cadaval balanceia correntes opostas com uma estética contundente. 
Se tudo isso parece sério demais, uma trinca de animadores oferece o antídoto ideal. Oito anos antes de Almas em chamas (que integra o programa 93, “Animações para adultos 2”), Arnaldo Galvão exercitava o humor debochado em Disque N Para Nascer. Deboche é a palavra precisa para definir Novela, no qual Otto Guerra faz um apanhado demolidor dos clichês que impregnam a teledramaturgia brasileira. E Marão assume a parcela de comédia absurda, indispensável em qualquer coletânea do tipo, com O arroz nunca acaba.

Eu me lembro

Eu me lembro

Vencedor de seis prêmios no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro de 2005, o longa-metragem de estreia do diretor Edgard Navarro narra a biografia ficcional de Guiga, rapaz de uma tradicional família de Salvador. As memórias do protagonista, naturalistas e profundamente pessoais, revelam retratos fidedignos de idiossincrasias e maneirismos de nossa cultura. Narradas em um período que engloba as décadas de 1950 a 1970, as descobertas, conflitos e perdas do jovem traçam um panorama histórico da sociedade brasileira naqueles dias e, ao mesmo tempo, fisgam o espectador em uma narrativa elegante e sentimental.


Classificação
16 anos

www.cineclubebudega.blogspot.com

domingo, 17 de julho de 2011

Cinebiografia do músico Arnaldo Baptista, ex-integrante dos Mutantes, contada através de um quadro traçado pelo próprio artista. A pintura é intercalada com imagens históricas que remetem aos principais momentos de sua trajetória artística, que fizeram dele um dos grandes nomes do rock brasileiro. Depoimentos de Tom Zé, Kurt Coiban, Nelson Motta, Gilberto Gil, Sean Lennon, entre outros.

domingo, 10 de julho de 2011

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Houve uma vez dois verões e O diário aberto de R.



Houve uma vez dois verões e O diário aberto de R.

Em pleno começo do século 21, os adolescentes representam a maior parte do público dos cinemas. No entanto, o cinema brasileiro tem pouca tradição em filmar dilemas e histórias que tratem especificamente do universo deste delicado período de passagem da infância para a vida adulta. Dentro deste panorama, o curta O diário aberto de R., de Caetano Gotardo, e o longa Houve uma vez dois verões, de Jorge Furtado, são dois dos filmes a se debruçar com mais atenção e sensibilidade aos pequenos rituais da vida adolescente, principalmente no que tange à descoberta das aventuras e desejos sexuais que tanto marcam essa fase da vida. Assim, conseguem mostrar a importância dos pequenos momentos na formação de um indivíduo.






Crítica

Rodrigo de Oliveira*
Os adolescentes no centro de Houve uma vez dois verões e O diário aberto de R., que o cineclube Budega exibe no dia 18 de junho. dividem uma mesma crença. E faz tanto sentido que sejam justo adolescentes, todos eles a um passo daquela experiência definitiva que torna a infância mais distante e a vida adulta tão inevitavelmente mais próxima. Não só Chico e Caio, os dois protagonistas, mas também seus diretores, Jorge Furtado e Caetano Gotardo, parecem acreditar nessa mesma coisa, e devotam seus filmes a defendê-la. Isso que só a sinceridade de quem está vivendo tudo pela primeira vez pode redimir de qualquer ridículo, em tempos tão descrentes como os atuais. Temos aqui dois filmes de amor, e que dele fazem sua profissão de fé.

A ameaça da desafeição, esse mal tão contemporâneo, não poderia passar ao largo. Ela é, em graus diferentes, a grande força-motora dos filmes. Em O diário aberto de R., estamos lidando com a distância mantida entre dois amigos colegiais, capazes de demonstrar carinho num dia, e no seguinte se tratarem com um quase repúdio. Houve uma vez dois verões é mais explícito, e planta no meio de seu romance uma figura anti-romântica por excelência, aquela que troca sonhos de felicidade por dinheiro, conseguido com uma falsa gravidez. Roza agrega ao filme valores insuspeitos nesta que parecia a história de amadurecimento de Chico através de um primeiro amor. Onde havia a lua encantadoramente fake, iluminando a primeira transa na praia, sobra a mercantilização do sentimento. A resposta a esses revezes precisa ter força igual ou maior. Aí entram esses dois diretores apaixonados: por seus personagens e pela própria idéia da resistência do sentimento.

Talvez não exista paralelo no cinema brasileiro de um filme que tenha sabido captar tão bem os humores da adolescência como Houve uma vez dois verões. Vai ver porque não capte mesmo - e sob essa idéia de se conseguir "pescar a juventude" se tenham feito tantos filmes sobre seu protótipo, cheias de clichês emocionais e gírias de almanaque. Furtado faz seu primeiro longa-metragem deixar de ser veículo e passar a ser, ele próprio, uma manifestação da juventude. Isso está expresso desde a escolha do suporte de gravação, o vídeo digital (mídia ainda menina em relação à velha película). Mais que isso, na incorporação do repertório visual dos fliperamas e pinballs, que dão o tom desse jogo de erros-e-acertos em que se transforma a jornada de Chico atrás da garota que lhe extorquiu, mas por quem não consegue evitar "gostar um monte". Até mesmo a belíssima trilha sonora do filme parece vir dos temas desses joguinhos, dando um tratamento harmônico a sua habitual barulheira.

Tudo ali está armado para que os jovens possam acontecer enquanto tais, sem qualquer freio a seu despertar para a vida. O curta-metragem do igualmente jovem Caetano Gotardo abriga uma ambigüidade bastante curiosa neste sentido, equilibrando a experiência íntima de um diário que é, no entanto, mantido abertamente por Caio, com suas confidências sendo escritas na carteira da sala de aula, ao alcance de qualquer um. Era disso, no fundo, que os dois filmes queriam se impregnar: dessa exposição, desse peito-aberto da juventude. E assim eles se mostram, como no longo e tateante diálogo entre Chico e seu melhor amigo, logo após a primeira transa, tão comicamente honesto, ou ainda quando Caio nos revela o sonho em que ouvia finalmente de Rafael que a recíproca de sua paixão era verdadeira. O final feliz não é mais do que uma retribuição a tamanha entrega. Furtado reúne o casal romântico. Gotardo não precisa (e nem poderia) chegar a tanto. Mas crava na carteira escolar, a golpes de compasso, uma lição válida para os dois filmes: o amor permanente, profundo, que não se apaga com borracha.

Confiradiário de R. as 19:00 Horas e logo apos o longa Houve uma vez dois verões as 19:30

*Crítico de cinema, redator e co-editor da Revista Contracampo e colunista do jornal capixaba Século

Exposição Sobre a obra de Drummond é um sucesso no Cineclube Budega






ZIRALDO DRUMMOND CAMILO


Drummond no Cineclube Budega

     Foi iniciado nesta terça-feira, dia 05 de Julho, mais um evento especial no espaço do Cineclube Budega. Trata-se da Exposição “Poesia + Cartum: Duas visões de Drummond”, uma mostra de trabalhos de cartunismo e poesia sobre o poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade.

   Esta exposição foi organizada em Ubaporanga pela equipe do Cineclube, Vinícius (Cazuza) e Martinha, em parceria com o cartunista Camilo, de Caratinga.
   Basicamente esta exposição pode ser dividida em duas partes. A primeira com uma série de banners com ilustrações de Ziraldo, feitas para o livro “O Pipoqueiro da Esquina” que este publicou em conjunto com Drummond em 1981. A outra série de banners é de ilustrações de Camilo, baseadas na poesia “Eu Etiqueta” de Drummond. A exposição esteve recentemente na Casa Ziraldo de Cultura, em Caratinga, tendo uma ótima visitação do público.
   Em Ubaporanga, a exposição, que estará aberta ao público até o dia 18 de julho, terá um complemento, ganhando uma terceira parte. Será a exibição de vídeos curtos e documentários a respeito do poeta, além de textos de poesia e prosa, também de autoria de Drummond, que poderão ser vistos juntamente com todos os outros trabalhos já citados de Camilo e Ziraldo. Tudo no Cineclube Budega.
 E ainda complementando a exposição, será exibido na próxima segunda feira, dia 11 de julho, o filme: “O padre e a Moça” que também é baseado em uma obra de Drummond. A sessão começa ás 19:30 Horas.
   Vale conferir esta exposição. É interessante ver o trabalho de artistas como Camilo e Ziraldo, ambos Caratinguenses e de talento já reconhecido, combinados à sublime obra de Carlos Drummond de Andrade que, se não for o maior e melhor poeta que este país já teve, de certo é o maior e melhor poeta mineiro da face do universo. 


(Uma afirmação que deixa transparecer que o autor desta postagem também é fã dele.)


   Então é isso, você tem até o dia 18 de julho para visitar a exposição. Se você não conhece a obra de Carlos Drummond de Andrade é uma boa oportunidade de começar a conhecer.



E ao mesmo tempo

  

   E no mesmo momento em que foi aberta a exposição, também foi feito o lançamento do livro “Uai ?! Alguma coisa está errada.”

   De Camilo Lucas, cartunista caratinguense, o livro é uma segunda edição, revista e ampliada, que retrata o período que marcou a redemocratização do Brasil, com a eleição de Tancredo Neves no “Colégio Eleitoral” em 1985, marcando o fim da ditadura militar que teve início em 1964.   Esta história é contada através de charges, publicadas no “Jornal do Norte”, de Montes Claros, e no “Diário do Rio Doce”, de Governador Valadares, além de textos de humor publicados em “A Semana Caratinguense”, tudo no período entre 1982 e 1985, englobando a campanha das “Diretas Já” até a eleição de Tancredo em pleno período do primeiro Rock in Rio. Com a eleição de Tancredo no dia 15 de janeiro de 1985, o autor reuniu as charges e editou em ordem cronológica, e foi curtir o Rock in Rio enquanto o livro era impresso.

   O lançamento foi já em fevereiro, um mês após a conclusão daqueles fatos, e o livro se tornou um registro histórico daquele período, o que foi reconhecido pela Secretaria de Estado da Cultura, que autorizou uma 2ª edição do mesmo para ser lançada dentro das comemorações dos 25 anos da redemocratização e do centenário de Tancredo Neves. 
   O livro foi lançado em Caratinga no dia 22 de Julho e agora em Ubaporanga no Cineclube Budega o lancamento contou com a presença do autor, que conversou com o público alí presente, apresentando o livro a todos e em seguida presenteando com um exemplar à Biblioteca Pública Dona Luizinha Alves e ao Cineclube Budega.

   Após o lançamento em Ubaporanga, o livro ainda será lançado em São João Del Rei, no Memorial Tancredo Neves, museu que guarda os arquivos e o acervo do estadista mineiro, numa promoção da Universidade Federal de São João Del Rei – UFSJ – dentro do seu festival de inverno. Em seguida, haverá também um lançamento em Belo Horizonte, no Palácio das Artes, em data a ser marcada.

domingo, 3 de julho de 2011

Uai ! "Alguma Coisa está Errada"

Uai ! "Alguma Coisa está Errada"

Será lançado no próximo dia 18 de julho, segunda feira, às 19h no Cineclube Budega, o livro “Uai?! Alguma coisa está errada”, do cartunista caratinguense Camilo Lucas. A noite de autógrafos contará com uma exposição de alguns dos originais do livro, somando-se aos painéis da exposição “Poesia e Cartum: Duas visões de Drummond”, de Ziraldo e Camilo sobre a obra de Carlos Drummond de Andrade e com acressimo de amostra de fotografia e a biografia do mestre da literatura Drummond, que já acontece no Budega .

O livro de Camilo  é uma segunda edição revista e ampliada e retrata o período que marcou a redemocratização do Brasil, com a eleição de Tancredo Neves no “Colégio Eleitoral” em 1985, marcando o fim da ditadura militar que teve início em 1964. Esta história é contada através de charges, publicadas no “Jornal do Norte”, de Montes Claros, e no “Diário do Rio Doce”, de Governador Valadares, além de textos de humor publicados em “A Semana Caratinguense”, tudo no período entre 1982 e 1985, englobando a campanha das “Diretas Já” até a eleição de Tancredo em pleno período do primeiro Rock in Rio.


Com a eleição de Tancredo no dia 15 de janeiro de 1985, o autor reuniu as charges e editou em ordem cronológica, e foi curtir o Rock in Rio enquanto o livro era impresso. O lançamento foi já em fevereiro, um mês após a conclusão daqueles fatos, e o livro se tornou um registro histórico daquele período, o que foi reconhecido pela Secretaria de Estado da Cultura, que autorizou uma 2ª edição do mesmo para ser lançada dentro das comemorações dos 25 anos da redemocratização e do centenário de Tancredo Neves.

O livro foi lançado em Caratinga no dia 22 de Julho e agora em Ubaporanga no Cineclube Budega,Após o lançamento em Ubaporanga, o livro será lançado em São João Del Rei, no Memorial Tancredo Neves, museu que guarda os arquivos e o acervo do estadista mineiro, numa promoção da Universidade Federal de São João Del Rei – UFSJ – dentro do seu festival de inverno. Em seguida, haverá também um lançamento em Belo Horizonte, no Palácio das Artes, em data a ser marcada.

O livro “Uai?!...” foi financiado pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura, que permite ao patrocinador destinar parte do seu ICMS para projetos culturais aprovados por este mecanismo. Os patrocinadores que investiram no projeto foram a Viação Riodoce, o Irmão Supermercados e o Café Riopreto. Conta ainda com apoio cultural da Rede de Ensino Doctum, do Centro Universitário de Caratinga, da UFSJ, da livraria Usina das Letras e da Prefeitura de Caratinga – Secretaria de Cultura.

Fim da ditadura

Em 1985, tiveram fim 21 anos de regime militar no Brasil. Iniciado com o intuito de resguardar a democracia contra o comunismo, dentro dos padrões de alinhamento da “guerra fria”, a “revolução de 64” logo se tornou uma ditadura a controlar o país com mão de ferro.
                Seus efeitos foram sentidos em todos os setores da sociedade, mas a liberdade de expressão foi um dos mais atingidos. Mesmo assim, os chargistas dos jornais permaneceram heroicamente usando seu traço para denunciar e conscientizar sobre a realidade nacional, que era acobertada pela imprensa amordaçada.
                Os chargistas tiveram um papel importantíssimo na concretização da volta da democracia. “Eu era um jovem chargista, titular do jornal Diário do Rio Doce, de Governador Valadares, e pude registrar os estertores da ditadura através de charges, desde a campanha das “Diretas Já” até a eleição de Tancredo Neves no Colégio Eleitoral”, afirma Camilo.

Agora, ao completarem 25 anos da volta da democracia, a reedição deste livro foi aprovada pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura para publicação, numa tiragem de 3 mil exemplares, em policromia e papel couché. As charges foram todas coloridas com aquarela e lápis aquarelado, sobre os traços em nankim. Desta tiragem, 1 mil exemplares serão distribuidos às escolas estaduais pela Secretaria de Estado da Cultura, de acordo com o projeto que foi aprovado. Os demais exemplares serão distribuídos nacionalmente em bancas e livrarias.

“É muito importante agradecer aos patrocinadores, que investiram através da Lei de Incentivo. Este mecanismo é o grande incentivador da cultura, sendo responsável pela maioria dos produtos culturais de qualidade que circulam no país”, conclui Camilo.

O padre e a moça e O Aleijadinho - Na semana Drummond


O cine Clube Budega exibi dia 11 de julho o Curta Aleijadinho as 19:00 e logo apos o longa O padre e a Moça : são obras de Joaquim Pedro de Andrade (1932-1988) e representam traduções de duas fortes manifestações da cultura mineira — a arte barroca e a poesia. No curta, o diretor apresenta vida e obra de Antônio Francisco Lisboa, o mais expressivo artista do Brasil Colônia. O texto, lido por Ferreira Gullar, é do renomado arquiteto e urbanista Lucio Costa, responsável pelo Plano Piloto de Brasília. Já o longa parte de um poema do muito mineiro Carlos Drummond de Andrade (que esta na semana Drummond no cineclube) para contar a proibida relação entre um padre e uma jovem abusada pelo tutor. Alguns prêmios: três Saci, importante troféu cultural da época, para ator (Paulo José), argumento (do diretor) e composição (Carlos Lyra), e também melhor diretor, atriz (Helena Ignez) e fotografia (Mário Carneiro) na II Semana do Cinema Brasileiro (atual Festival de Brasília).